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  • guilhermefenolio

Paralisia Facial

Muitas pessoas desconhecem essa doença, mas com certeza quem já teve se lembra do desconforto físico e psicológico que essa alteração traz.

O início do quadro muitas vezes não é precedido por nenhum sinal ou sintoma, iniciando-se lentamente e chegando no nível final de paralisia em até 72 horas, que pode ser parcial ou total.

Existem algumas causas descritas para a paralisia facial: trauma, tumores do próprio nervo facial, infecções de ouvido, tumores de parótida, vírus da herpes. Porém, a grande maioria dos casos não está relacionada a nenhuma causa identificável, sendo conhecida como Paralisia Facial Idiopática, ou também como Paralisia de Bell.


EXAMES COMPLEMENTARES


Podemos pensar em uma série de exames possíveis de serem realizados, a depender de cada caso.

- Exames de imagem como: tomografia computadorizada e ressonância magnética são muitas vezes importantes e decisivos no tratamento;

- Exames neurofisiológicos: eletroneurografia, eletroneuromiografia, para avaliar a função do nervo e resposta muscular;

- Exames laboratoriais: hemograma, sorologias, exames reumatológicos, servem para auxiliar no diagnóstico diferencial;

- Audiometria e imitanciometria: avaliação da audição é fundamental, e nos dá pistas sobre o prognóstico do tratamento.


TRATAMENTO


Iniciamos o tratamento da maioria das causas de paralisia com medicações anti-inflamatórias e em alguns casos medicações antivirais. Uma das alterações mais importantes é que na paralisia facial não conseguimos fechar muito bem o olho, e essa dificuldade para piscar expõe o olho a ficar mais seco, algo que pode ser agressivo para a córnea. Portanto, pomadas e colírios diversos são fundamentais para evitarmos a perda visual, devendo ser aplicados desde o início do tratamento.

A fisioterapia motora da face com profissional habilitado auxilia bastante a recuperação, sendo indicada para recuperar a capacidade motora e manter a estimulação do nervo nos músculos da face.

Em alguns casos, que não apresentam melhora com os tratamentos clínicos, procedemos para a chamada Cirurgia de Descompressão do Nervo Facial. Um procedimento delicado e que deve ser realizado por um cirurgião de ouvido experiente.


PROGNÓSTICO


A recuperação do quadro pode ser total ou parcial, e o tempo de recuperação costuma variar entre 1 a 6 meses. Quanto mais grave a paralisia e mais tempo demorar para iniciar o tratamento, pior a chance de recuperação.

Para casos de recuperação subtotal, pode-se lançar mão de botox para simetrização facial, peso palpebral para auxiliar fechamento ocular, e cirurgias faciais de transposição neuromuscular.

Cada caso deve ser avaliado individualmente, e ser acompanhado por toda equipe envolvida no tratamento (otorrinolaringologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, etc).








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