A pandemia do Covid-19 trouxe à tona um tema presente há muito tempo nos consultórios dos otorrinolaringologistas: a perda do olfato. Por estarmos acostumados a lidar com rinites, sinusites, tumores nasossinusais e outras doenças nasais, além obviamente das cirurgias, recebemos com uma certa frequência a frase:
" Doutor, sinto que meu olfato não está bom"
Houve um aumento exponencial desse tipo de queixa, devido a infecção pelo Covid-19, vírus que apresenta um papel curioso no desenvolvimento da perda olfatória. Sempre soubemos que as causas virais respondiam por uma grande parte das hiposmias (redução do olfato) e anosmias (perda total do olfato) vistas nos pacientes, mas nunca enfrentamos tantos casos como nos últimos dois anos.
Além das infecções virais, encontramos muitas outras causas que devem ser lembradas, entre elas: rinossinusite crônica, pólipos nasais, tumores nasais benignos e malignos, traumatismo cranioencefálico, perda relacionada a idade, doenças neurodegenerativas (Parkinson, Alzheimer), entre outras.
Se você apresenta qualquer alteração de olfato, não hesite em agendar uma avaliação com seu otorrino de confiança. O tratamento em fases iniciais é determinante para aumentar o sucesso do mesmo. Além de que, em alguns casos, é importante a realização de exames complementares, como a nasofibroscopia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
O tratamento é individualizado, podendo ser lançado mão de medicações e terapias de reabilitação. Converse com seu médico!
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